Edição nº 8, Maio/Junho de 2020
CROI 2020: edição virtual conta com participação do ImPrEP
Em razão do novo coronavírus, a edição 2020 da Conferência Anual sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI) acabou sendo realizada de forma virtual, de 8 a 11 de março, diretamente de Boston, nos Estados Unidos.
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Considerado um dos eventos mais importantes da luta contra a epidemia de HIV/Aids,
tradicionalmente o evento reúne pesquisadores e especialistas de todo o mundo para
compartilhar os estudos mais recentes, desenvolvimentos importantes e melhores métodos de pesquisa em relação ao HIV/Aids e doenças infecciosas relacionadas.
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Mesmo virtualmente, o CROI, por meio de palestras, simpósios, sessões, pôsteres etc.,
abordou questões importantes , como os avanços mundiais em termos de imunização,
prevenção e cura do HIV, PrEP, inclusão de diversas populações em ensaios, infecções
sexualmente transmissíveis em mulheres e bebês, HIV e drogas, HIV em mulheres e homens
trans, testagem, entre outras. Destaque, ainda, para a indicação do dolutegravir contra o HIV
para mulheres grávidas e informações sobre a relação HIV/Covid-19, com risco maior para
pessoas com baixa carga de CD4 e sem acesso aos antirretrovirais. Leia mais...
Simone Rodrigues
Disparidades socioeconômicas associadas ao HIV entre jovens gays/outros homens que
fazem sexo com homens (HSH) na
América Latina
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Apesar dos esforços para impedir que a epidemia de HIV se alastre na região, novos casos continuam a aparecer, especialmente entre jovens gays e HSHs. O estudo “Disparidades socioeconômicas associadas ao HIV entre jovens gays/HSHs na América Latina”, conduzido pelos pesquisadores Thiago Torres e Lara Coelho, entre outros*, foi apresentado pelo ImPrEP em forma de pôster virtual na Conferência Anual sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI) 2020. O principal objetivo foi avaliar fatores socioeconômicos e comportamentais associados à prevalência autorreferida pelo HIV entre participantes de uma pesquisa realizada no Brasil, México e Peru.
De março a maio de 2018, os participantes foram recrutados, por meio de anúncios,
aplicativos e redes sociais, para responder um questionário na web. Os critérios de inclusão
foram: homens cis gêneros, maiores de 18 anos e residentes em um dos três países. Para essa
análise, foram incluídos jovens entre 18 e 24 anos que relataram seus status de HIV (positivo
ou negativo). Leia mais...
ImPrEP Campinas: foco na qualidade do atendimento
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Na implementação da profilaxia pré-exposição ao HIV no Estado de São Paulo, o Centro de Referência em IST e HIV/Aids de Campinas vem realizando importante trabalho no atendimento a usuários do estudo ImPrEP e do PrEP SUS. Os serviços oferecidos abarcam o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), a demanda espontânea e referenciada em infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além do atendimento integral a pessoas com HIV/Aids.
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Após algumas descontinuidades no uso da profilaxia por parte de usuários,
principalmente por mudança de região, atualmente o ImPrEP Campinas contabiliza 234 participantes e cerca de 390 pelo PrEP SUS. A equipe dedicada ao estudo ImPrEP conta com oito profissionais: um pesquisador principal, uma coordenadora, um médico, uma farmacêutica, duas técnicas de enfermagem e
três educadores de pares (responsáveis pelas ações de mobilização comunitária). Leia mais
FrePikHarryArts/Pixabay
As estratégias do ImPrEP ante a Covid-19
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Diante da pandemia do novo coronavírus, a coordenação central do ImPrEP elaborou uma proposta de fluxograma de atendimento aos participantes do estudo encaminhada, no dia 30 de março passado, a todos os 14 centros de
estudos.
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O objetivo principal do documento foi o desenho de uma estratégia provisória (sujeita a alterações) que, baseada nas recomendações do Ministério da Saúde, e com foco na segurança da relação usuários/profissionais de saúde, buscasse garantir a realização da testagem para HIV, a entrega de um número maior de medicamentos de PrEP para os participantes do projeto e as orientações necessárias para a não-infecção pelo HIV.
Site ImPrEP: reorganização de conteúdos
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Para melhor registrar os constantes conhecimentos acerca da PrEP e da sua própria atuação como estudo de demonstração, o projeto ImPrEP reorganizou os conteúdos de sua página na web (www.imprep.org).
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Além de agrupar e/ou segmentar informações, como a seção Estudos e Pesquisas (agora com os submenus PrEP como Tecnologia de Prevenção, HSH e Trans e Outros Temas) a nova organização incluiu a criação de seções como Dúvidas Frequentes (dividida em informações gerais e informações para quem usa PrEP), Canal ImPrEP (vídeos e espaço para futuros
podcasts próprios, mas já apresentando programas produzidos pelo Ministério da Saúde), Espaço Trans e Espaço HSH (ambos com vídeos e estudos/pesquisas específicos de cada uma das populações-alvo do ImPrEP), bem como a disponibilização de todas as edições dos boletins produzidos pelo projeto.
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“O objetivo é tornar o site um espaço de constante atualização e de busca de conhecimento acerca da PrEP e da prevenção combinada”, informa a coordenadora do ImPrEP, Cristina Pimenta.
Gerd Altmann/Pixabay
ImPrEP participa de sessão da OPAS sobre PrEP
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Mediante solicitação de colegas do Colectivo Amigos Contra el Sida (CAS), da Guatemala, organização comunitária que recentemente ampliou uma iniciativa de PrEP apoiada pelo Fundo Global, a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) realizou uma sessão virtual, em 19 de fevereiro passado, para compartilhar experiências sobre a adesão e a continuidade no uso da PrEP.
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O objetivo foi facilitar um intercâmbio sobre as estratégias para apoiar os usuários de PrEP naquele país a melhorar a adesão e minimizar a interrupção em pessoas que permanecem em risco substancial. Para isso, a OPAS convidou o projeto ImPrEP, com atuação no Brasil, México e Peru, e o Callen Lorde, de Nova York, para relatar suas experiências, abrindo, em seguida para debates. Pelo ImPrEP, falaram os especialistas mexicanos Hamid Vega (pesquisador principal naquele país), Heleen Vermandere e Araczy Davalos, que expuseram os perfis dos usuários e dados locais do
projeto. Entre eles, a boa capacidade de retenção dos usuários de PrEP, com perda em torno de 10%, e a boa adesão quanto à ingestão dos comprimidos diários. Leia mais
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