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A atuação e a importância dos centros de estudos

Brenda Hoagland

Entrevista de Brenda Hoagland, coordenadora clínica do projeto ImPrEP.

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Com a palavra

O projeto ImPrEP, no Brasil, tem o diferencial de monitorar a implementação da PrEP no Sistema Único de Saúde, uma vez que a profilaxia já foi adotada pelo país como medida de prevenção ao HIV dentro do contexto de prevenção combinada. Para o pleno desenvolvimento dos trabalhos, o projeto conta com 14 centros de estudos, sobre os quais conversamos com a coordenadora clínica do ImPrEP, Brenda Hoagland.

Em Rede O que são e como funcionam os centros de estudos na estrutura do projeto ImPrEP?

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Brenda Hoagland Os centros são serviços públicos de saúde previamente selecionados pelo Ministério da Saúde para oferecer a PrEP e posteriormente indicados para conduzir o estudo. A ideia do estudo é que este se adeque a fluxos locais adotados para oferecer a PrEP conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, do Ministério da Saúde, acrescidos de procedimentos específicos que têm por objetivo gerar dados para aperfeiçoar essa política pública de prevenção no futuro.

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ER Qual o papel do centro de estudo que funciona nas dependências da Fiocruz, no Rio de Janeiro?


BH A Fiocruz, por meio do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST/Aids (LaPClin-Aids) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), é o coordenador-geral do estudo para os três países onde ele é conduzido (Brasil, Peru e México). No Brasil, a Fiocruz é responsável por coordenar os 14 centros de estudos, constituídos em sua maioria por um pesquisador principal, um coordenador de estudo, um educador de par e, pelo menos, um médico, um aconselhador, um profissional de laboratório e um farmacêutico.

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ER Quais as atividades desenvolvidas nesse centro?

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BH A Fiocruz faz monitoramento diário dos participantes incluídos e dos dados coletados, oferece webconferências mensais para as equipes clínicas e de educadores de pares, que atuam junto às populações-alvo, com o intuito de mantê-las atualizadas sobre o andamento do projeto, além de oferecer suporte para decisões clínicas que por ventura sejam necessárias durante o acompanhamento de um participante em PrEP.

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No LaPClin-Aids, no âmbito da prevenção, e para além do ImPrEP, são conduzidos outros estudos de prevenção ao HIV que envolvem medicamentos injetáveis de ação de longa duração, assim como uso de anticorpos monoclonais sintéticos. Estudos de prevenção desenhados especificamente para mulheres travestis e transexuais, com o objetivo de responder a perguntas específicas dessa população, também são conduzidos no laboratório.

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ER Há alguma ação nova a caminho?

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BH Está prevista para maio de 2019 uma oficina de atualização e capacitação em PrEP a ser oferecida para as todas as equipes dos centros participantes do ImPrEP assim como para novos serviços de saúde do Estado do Rio de Janeiro que estejam interessados em oferecer a profilaxia no contexto do SUS.

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ER Em abril, o ImPrEP atingiu 3 mil participantes no Brasil. Qual a importância dos centros de estudos no atingimento dessa marca?

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BH Sem dúvida alguma, um dos principais fatores foi o comprometimento das equipes dos centros. Manteremos abertas as inclusões no estudo, permitindo que novos participantes se beneficiem da realização de testes não disponíveis no sistema público de saúde para usuários em PrEP, como a pesquisa de infecção aguda por meio da realização de carga viral na visita inclusão e de testes de detecção de infecções sexualmente transmissíveis como clamídia e gonorreia. Manteremos o trabalho de educação comunitária em prevenção combinada com os educadores de pares vinculados ao projeto nos 14 centros vinculados ao projeto para ampliar a comunicação sobre PrEP nos segmentos populacionais que mais podem se beneficiar dessa tecnologia.

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