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Mais que aconselhar, compartilhar

Beto Grangeiro

Para conhecer melhor o trabalho de aconselhamento dos voluntários do ImPrEP, conversamos com Beto Grangeiro, psicólogo e aconselhador, há cerca de 15 anos, em diversos projetos de prevenção do Laboratório de Pesquisa Clínica em Aids, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz, como HPTN 083 (PrEP de longa duração), HVTN 704/HPTN 085 (Prevenção Mediada por Anticorpos – AMP) (PrEP Brasil, PrEP SUS, Preparadas, entre outros.

Com a palavra

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ER: O que compõe o trabalho de aconselhamento no projeto ImPrEP?

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BG: O aconselhamento estabelece a avaliação de risco de HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o pré e o pós-teste rápido de HIV, o uso correto de PrEP focado na adesão e a retenção das visitas de seguimento, consolidando a gestão de risco e a autonomia da prevenção. Para isso, é preciso exercitar a escuta ativa, centrada no(a) participante, acolhendo a demanda individual, informando, esclarecendo, refletindo e dialogando acerca dos meios de transmissão e prevenção de HIV/IST.

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ER: Há alguma diferença no aconselhamento entre os diversos projetos de que você participa?

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BG: A cultura da nossa sociedade ainda não está acostumada a trabalhar a prevenção, e um dos grandes diferenciais é a formação de estratégias que sejam adotadas dentro do campo da própria prevenção, apontando a dinâmica e a subjetividade do ser humano, possibilitando o trabalho em movimento constante de reflexão e mudança de comportamento. O trabalho de prevenção é consolidado no cuidado do bem-estar da saúde física e mental.Compartilhar conhecimentos e novas metodologias de prevenção no avanço ao combate do HIV/AIDS traduz o diferencial entre os projetos.

 

ER: Quantos participantes são atendidos no aconselhamento do projeto ImPrEP?

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BG: Diariamente, 18 participantes.

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ER: Que perfis profissionais executam essa atividade de aconselhamento no ImPrEP?

 

BG: Psicólogos e psicólogas na função de aconselhadores.

 

ER: Qual, na sua opinião, deve ser a maior virtude desses profissionais?

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BG: Além de escuta ativa e atendimento centrado no sujeito, como já mencionado, o(a) aconselhador(a) precisa exercitar o acolhimento via empatia com a população do estudo, se manter atento(a) à demanda do(a) participante e compartilhar conhecimentos.

 

ER: Quais as principais dificuldades relatadas pelos participantes?

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BG: Alteração da rotina no final de semana, culminando, algumas vezes, com o esquecimento de ingerir a medicação. Outra questão relatada é quanto à aquisição da medicação em si, que, para ser disponibilizada, envolve diversos e necessários procedimentos, que vão desde a visita regular ao centro estudo, para a realização de coleta dos exames, passando pelo atendimento de aconselhamento até a consulta clínica. Etapas fundamentais para a plena operacionalização do estudo.

 

ER: Quais os desafios e como vencê-los?

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BG: A não banalização do aconselhamento, ou seja, cada atendimento deve ser sempre novo e singular, assim como o estabelecimento de um plano de ação e de estratégias para o uso ideal das tecnologias de prevenção combinada.

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