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Continuidade em PrEP: a importância da manutenção da profilaxia

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O passo seguinte é a consulta médica. Após a testagem para o HIV e o aconselhamento, o médico reforça conceitos fundamentais da profilaxia, como, por exemplo, a informação de que a proteção somente é efetiva após 7 dias de ingestão dos comprimidos nas relações sexuais anais e 20 dias nas relações sexuais vaginais, e o mecanismo de ação do medicamento no corpo, assim como analisa brevemente o histórico médico do paciente, salientando possíveis efeitos colaterais a curto e médio prazos.

 

Após a consulta médica, o trabalho do(a) educador(a) de par – agente que atua na intermediação entre os voluntários e os centros de estudos ImPrEP – ganha destaque ao reforçar estratégias de adesão ao medicamento, como uso de aplicativos e alarmes no celular para não esquecer a ingestão da dose diária, a importância de atrelar o uso aos hábitos e criar uma rotina.Ele(a) se coloca à disposição para esclarecer dúvidas que surjam no início do tratamento, bem como buscar soluções e encaminhamentos no caso de efeitos colaterais. Alencastro faz questão de frisar que, com mais ou menos 15 dias de uso, todos os usuários são questionados, via WhatsApp, se estão sentindo algum efeito adverso ou enfrentando alguma dificuldade no uso da PrEP.

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“Aqui no ImPrEP/RS, contamos com um infectologista, um dermatologista, uma aconselhadora assistente social e outra psicóloga. Além disso, o usuário passa pelo enfermeiro, que realiza o teste rápido para o HIV a cada visita, e pela farmacêutica para ter acesso à medicação”, afirma o pesquisador principal.Cerca de 245 voluntários participam atualmente do estudo em Porto Alegre, cujo perfil geral é o de gays brancos, com mais de 12 anos de escolaridade, sendo que mais da metade não reside na capital. 

 

Para Alencastro, a principal dificuldade da continuidade no uso da PrEP está relacionada ao esquecimento de doses quando a rotina é alterada, ou seja, quando o usuário viaja, por exemplo, perde doses e/ou esquece de levar o frasco do medicamento. O efeito colateral relatado mais comum são gases e diarreia nos primeiros 15 dias, em média. “Como desafio, a necessidade de aperfeiçoar a gestão estadual no sentido de fornecer melhor estrutura física e melhores condições no atendimento", comenta. Menciona, ainda, a importância de vencer outros desafios, como a carga horária do corpo médico, que se divide se entre as atividades do CTA que envolvem a PrEP e os cuidados dos pacientes que vivem com HIV.

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