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Prevenção combinada: alternativas para prevenir o HIV 

 

por Grupo do Estudo ImPrEP

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Tecnicamente, pode-se dizer que prevenção combinada é o uso conectado de intervenções biomédicas, comportamentais e estruturais aplicadas no nível individual, de suas relações e dos grupos sociais a que pertencem, mediante ações que levem em consideração suas necessidades e especificidades e as formas de transmissão do vírus.

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Porém, ressalta-se que o melhor método de prevenção é aquele que o indivíduo escolhe e que atende às suas necessidades sexuais e de proteção. Para isso, é preciso que ele conheça todas as alternativas que estão ou deveriam estar ao seu alcance. Essas alternativas são as ações que compõem as chamadas intervenções biomédicas, comportamentais e estruturais, que, no seu conjunto, formam a prevenção combinada ao HIV.

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As intervenções

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Intervenções biomédicas nada mais são do que ações voltadas à redução do risco de exposição mediante intervenção na interação entre o HIV e a pessoa passível de infecção.

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Essas estratégias podem ser divididas em dois grupos: intervenções clássicas, que empregam métodos de barreira física ao vírus, já largamente empregados no Brasil, como distribuição de preservativos masculinos e femininos e de gel lubrificante, e intervenções baseadas no uso de

antirretrovirais, que devem ser disponibilizados para todas as pessoas infectadas, na profilaxia pós-exposição (PEP) e na profilaxia pré-exposição (PrEP).

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Já as intervenções comportamentais são ações que contribuem para o aumento da informação e da percepção de risco de exposição ao HIV e para sua consequente redução, mediante incentivos a mudanças de comportamento do indivíduo e da comunidade ou grupo social em que está inserido.

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Bons exemplos são as estratégias de comunicação e educação entre pares, o incentivo ao uso de preservativos, aconselhamento sobre o diagnóstico e tratamento do HIV/Aids e outras ISTs, incentivo à testagem regular para o HIV de pessoas sexualmente ativas (inclusive no pré-natal), vinculação e retenção nos serviços de saúde, redução de danos para as pessoas que usam álcool e outras drogas, e adesão ao uso dos antirretrovirais no caso da PEP ou PrEP, conforme orientação do profissional de saúde.

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Por fim, as intervenções estruturais, conjunto de ações voltadas aos fatores e condições socioculturais que influenciam diretamente a vulnerabilidade de indivíduos ou grupos sociais específicos ao HIV, envolvendo preconceito, estigma, discriminação ou qualquer outra forma de alienação dos direitos e garantias fundamentais à dignidade humana. Entre as lutas, o enfrentamento ao racismo, sexismo, LGBTfobia e demais preconceitos, promoção e defesa dos direitos humanos, campanhas educativas e de conscientização.

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Populações- chave e prioritárias e PrEP

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Em razão do alto índice de infecção no Brasil - 40 mil novos casos de Aids a cada ano –, as estratégias da prevenção combinada vêm sendo mais direcionadas por todas as esferas governamentais e não-governamentais a determinadas populações-chave e prioritárias.

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Há segmentos populacionais que, muitas vezes, estão inseridos em contextos que aumentam suas vulnerabilidades e apresentam prevalência muito superior à média nacional que é de 0,4%, como gays e homens que fazem sexo com outros homens (HSH), trabalhadores(as) do sexo, pessoas trans, entre outras. Há também aquelas que precisam ser priorizadas por, em razão de suas especificidades sociais e locais, apresentarem maior vulnerabilidade, como adolescentes e jovens, população negra, pessoas em situações rua e indígenas.

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Diante desse cenário, a PrEP surge como importante alternativa de prevenção, em especial junto a gays, HSH e pessoas trans, público atendido pelo projeto ImPrEP. É fundamental não ignorar que a epidemia de HIV/Aids vem crescendo, por exemplo, entre jovens de 15 a 24 anos e que a maioria não sabe da existência da PrEP como forma de evitar a infecção pelo HIV, apesar de não impedir outras ISTs.

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Cabe lembrar, ainda, que nenhuma intervenção de prevenção isolada é suficiente para reduzir novas infecções, sendo preciso reunir todos os esforços para democratizar o acesso às informações e às estratégias existentes, assim como investir constantemente em novas metodologias de prevenção.

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