Vem aí a PrEP injetável
Aqui no Brasil, os centros de pesquisa participantes estão localizados nas cidades do
Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Os participantes incluídos no estudo são
acompanhados com exames de rotina (sangue, testes para HIV e outras infecções
sexualmente transmissíveis).
Sobre os desafios enfrentados pela equipe do HTPN 083, a coordenadora médica
explica: “Primeiramente, esse estudo está sendo desenvolvido para avaliar a eficácia
de um medicamento injetável para a prevenção do HIV. O objetivo é testar se uma
injeção de cabotegravir a cada oito semanas é segura e se é tão eficaz para prevenir o
HIV quanto a medicação oral atualmente utilizada para a PrEP – a combinação de
entricitabina e tenofovir disoproxila fumarato (TDF/FTC), cuja marca mais conhecida é o
Truvada”.
Ela afirma também que acredita no sucesso da PrEP injetável, principalmente entre o
público jovem, não muito acostumado à rotina diária de tomar remédios. Mas, apesar
do otimismo, alerta: “O medicamento não vem para substituir a PrEP oral. Quem está
adaptado a ele, deve manter essa forma de prevenção”, encerra.