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PrEParadas: a população trans em foco

 

Emilia Jalil apresentou o estudo demonstrativo PrEParadas, desenvolvido pela Fiocruz de 2017-2018, acerca do uso da profilaxia por mulheres trans do Rio de Janeiro, originado do estudo Transcender. De acordo com a médica, o PrEParadas avaliou 318 mulheres trans e, após a avaliação inicial, informou que apenas 130 estavam elegíveis ou dispostas a iniciar a profilaxia com PrEP. Dessas 130, 12 desistiram no meio do caminho e 118 seguiram sendo acompanhadas até o final.

 

A maioria das participantes tinha de 25 a 34 anos, era parda, praticava sexo anal desprotegido e fazia uso abusivo de álcool.  Entre as conclusões do estudo, quase 50% apresentavam um quadro de sindemia, quando duas ou mais condições sociais desfavoráveis, como o alcoolismo ou a depressão, interagem e aumentam a ocorrência de outros problemas de saúde, inclusive o risco de infecção pelo HIV. Destaque também para a alta demanda por acompanhamento de saúde mental x baixa disponibilidade para tal. 

 

Nesse sentido, a médica ressaltou a necessidade de haver materiais informativos específicos para a população trans, visando o seu engajamento efetivo nas estratégias de prevenção combinada, além do fornecimento de serviços de prevenção e assistência ao HIV adaptados às suas necessidades, priorizando a saúde relacionada ao gênero, e a promoção de ambientes acolhedores, uma vez que essa é uma população bastante marginalizada. 

 

Também fez um apanhado do atual estado da arte sobre os estudos que se debruçam sobre a eventual interação entre hormônios de feminização e a profilaxia. Atualmente, o conhecimento sobre essa eventual interação é muito inicial e não há conclusões sólidas a respeito. Também concluiu ser prematuro afirmar que pessoas trans precisam de adesão maior ou não são candidatas a PrEP sob demanda.

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