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ImPrEP: perspectivas

 

Em razão dos novos estudos e avanços no uso da profilaxia, serão propostas  emendas ao Protocolo de Estudo de Demonstração do ImPrEP, aguardando que a extensão do projeto seja aprovada pela agência financeira Unitaid para até junho de 2021.Nesse sentido, a coordenadora clínica do ImPrEP iniciou a sua fala informando que, caso a prorrogação não seja possível, o principal foco será a migração dos participantes do projeto para o PrEP SUS antes de junho de 2020, quando o ImPrEP se encerraria, para que a transição flua sem grandes transtornos.  

 

No tocante às emendas do protocolo do uso diário, uma delas é o início e/ou reinício da PrEP com a ingestão de dois comprimidos, em virtude de estudos realizados, como o que resultou na PrEP sob demanda, apontarem essa medida ser suficiente para reduzir o tempo de espera para atingir o nível mínimo de proteção do medicamento no organismo. 

 

Outra emenda a ser proposta é, a partir de critérios e levantamentos bem definidos, oferecer a PrEP sob demanda aos atuais participantes do ImPrEP que apresentem menor frequência em termos de relações sexuais e que demonstrem capacidade de programá-las com antecedência, passando a adotar o esquema de tomar dois comprimidos ao mesmo tempo de 2 a 24 horas antes da relação sexual, mais um comprimido 24 horas após a primeira dose e um outro 48 horas após a dose inicial. 

 

Há também a possibilidade, sob análise, de receber novos participantes no projeto interessados no uso da PrEP sob demanda. Um ponto importante esclarecido pela coordenadora é que essa modalidade de profilaxia só está prescrita para gays e outros HSHs, já que não há estudos suficientes para garantir a eficácia do esquema junto a outras populações, como as pessoas trans.

 

Para a oferta do novo esquema aos atuais participantes do ImPrEP, o primeiro passo será a aplicação de um questionário simples no SICLOM (sistema eletrônico de monitoramento do Ministério da Saúde), a partir de janeiro de 2020 durante as visitas de rotina já programadas, para conhecer o nível de conhecimento dos voluntários sobre o assunto, se de algum modo a praticam de forma informal e saber se há interesse em migrarem da PrEP diária para a PrEP sob demanda, desde que apresentem perfil adequado. 

 

Ainda em relação às mudanças no protocolo, o ImPrEP também incluirá a proposta de ampliação da frequência dos testes de ISTs durante as visitas programadas.   

 

A coordenadora comentou sobre a intenção de, após a migração dos participantes do ImPrEP para o PrEP SUS ao final do projeto, conseguir financiamento ou parceria para continuar acompanhando-as como uma coorte e obter dados mais fidedignos, e com recortes locais, sobre a implementação da PrEP no país. 

 

Brenda aproveitou para reforçar a importância do fluxo de testes rápidos para HIV e dos testes confirmatórios adotados como procedimento padrão do ImPrEP, além da utilização do exame de carga viral sempre que houver suspeita de infecção aguda e durante os períodos de janela imunológica. A coordenadora também mencionou a possibilidade de inserção no projeto de um teste de 4ª geração em determinados situações, caso haja a necessidade de um teste com maior segurança e rapidez.

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