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Estudo identifica fatores de risco para insuficiência renal com uso de PrEP

Idade superior a 50 anos e disfunção renal pré-existente são fatores de risco para o surgimento de insuficiência renal durante o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV: essa foi a conclusão de um estudo desenvolvido por Hamish McManus,  de The Kirby Institute/UNSW Sydney, Austrália, e outros pesquisadores*. De acordo com os pesquisadores, aproximadamente 2% dos participantes desenvolveram disfunção renal durante os dois anos de acompanhamento, com as taxas variando de acordo com a idade e a função renal do início do estudo.

A população pesquisada foi de 5.868 indivíduos no país que receberam pelo menos uma prescrição de PrEP entre março de 2016 e abril de 2018. Todos apresentavam função renal normal no início do estudo (TFGe de pelo menos 60ml/min/1,73m2). O desenvolvimento de insuficiência renal foi definido como duas medições consecutivas abaixo desse índice.

 

Os pesquisadores coletaram informações sobre a incidência cumulativa de disfunção renal e também examinaram o papel de fatores de risco de linha de base específicos: função renal no início do estudo (TFGe60 – 90/acima de 90), idade (abaixo de 40 anos/40 – 49 anos/50 anos ou mais), uso de drogas recreativas, infecção por hepatite B e/ou hepatite C,e tempo que os participantes tiveram acesso à PrEP.

 

Quase todos os participantes eram homens (99%) e 85% deles tinham idade inferior a 50 anos. Cerca de 75% tiveram um TFGe igual ou superior a 90; 20% relataram uso de drogas recreativas; 10% apresentaram resultado positivo no antígeno de superfície da hepatite B e 1% apresentou anticorpos contra o vírus da hepatite C.

 

Após 24 meses de acompanhamento, 1,7% dos participantes desenvolveram disfunção renal, mas a incidência diferiu significativamente: de 0,56 por 1.000 pessoas/ano entre participantes com menos de 40 anos para 30,6 por 1.000 pessoas/ano em participantes entre 40 e 50 anos. Após dois anos, 8,3% das pessoas com mais de 50 anos desenvolveram disfunção renal.

 

A incidência também diferiu de acordo com a função renal basal. O estudo apontou uma taxa de 0,5 por 1.000 pessoas/ano entre aqueles com TFGe acima de 90, em comparação com 18,1 por 1.000 pessoas/ano entre indivíduos com TFGe entre 90 e 60.

 

*Autores: Hamish McManus (The Kirby Institute, UNSW Sydney, Austrália), Douglas Drak (University of Sydney, Camperdown, Austrália), Jack E. Heron (Royal Prince Alfred Hospital, Camperdown, Austrália), Tobias Vickers, Stefanie Vaccher (The Kirby Institute) , Iryna Zablotska (University of Sydney, Westmead, Austrália), Rebecca Guy, Benjamin Bavinton , Fengyi Jin , Andrew Grulich (The Kirby Institute) , Mark Bloch (Holdsworth House Medical Practice, Sydney, Austrália ), Catherine C O’Connor (The Kirby Institute) e David M Gracey (University of Sydney, Camperdown , Royal Prince Alfred Hospital, Camperdown, e Holdsworth House Medical Practice, Sydney, Austrália)

 

Para ver o abstract, acesse aqui.

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