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Resultados dos estudos qualitativos do ImPrEP CAB Brasil
Cristina Pimenta, pesquisadora do INI/Fiocruz, informou que os objetivos das análises qualitativas eram avaliar vantagens e desvantagens percebidas pelos participantes do estudo, suas preferências de escolha da PrEP (oral ou injetável por CAB-LA) e percepções sobre a intervenção de mHealth.
As entrevistas individuais abordaram questões para participantes que receberam aconselhamento padrão (SOC) ou intervenção de mHealth + SOC. Foram realizadas 120 entrevistas, de outubro de 2023 a julho de 2024, com 48 pessoas que receberam SOC e 72 que receberam SOC + mHealth. A maioria era de homens cisgênero (85,0%), de 25 a 30 anos (58,4%), autodeclarados pretos ou pardos (59,1%) e com ensino superior (65,8%). Um total de 89,2% dos entrevistados havia escolhido PrEP com CAB-LA, com 39,3% recebendo SOC e 60,7% SOC + mHealth.
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Os facilitadores associados à PrEP oral foram: estar familiarizado com essa modalidade da profilaxia e conhecer alguém que a usava, facilidade de adesão ao comprimido diário, não ter de usar injeções, fácil acesso em caso de viagem e possibilidade de descontinuidade imediata. As barreiras: risco de não aderir adequadamente e relato de esquecimento do uso diário, não ter local privado para armazenamento e medo de divulgação inadvertida e consequente julgamento por familiares ou parceiros/as.
Já os facilitadores associados à PrEP com CAB-LA foram: conveniência e praticidade, fácil adesão às injeções bimestrais, percepção de maior eficácia, menor preocupação com interrupções e sentimentos de maior confiança, segurança e proteção em comparação com o uso diário oral. As barreiras: o medo de agulhas e injeções, dor pós-injeção e possíveis reações. No geral, as vantagens percebidas superaram as dificuldades, e a maioria não encontrou barreiras para o uso da PrEP injetável.
Quanto ao aconselhamento padrão, quem recebeu SOC expressou satisfação e total compreensão das explicações fornecidas e se sentiu pronto para adotar uma das modalidades. Em relação à intervenção SOC + mHealth, os voluntários valorizaram a combinação de orientação presencial com o recurso digital, sentindo que o aconselhador/a se concentrava no esclarecimento de dúvidas, procedimentos clínicos e efeitos colaterais.
Nas considerações finais, destacou que o processo de escolha da PrEP aponta para a importância da divulgação de informações abrangentes e suporte, e que a escolha é motivada pela vulnerabilidade ao HIV e nível de satisfação/desconforto com as opções disponíveis. Reforçou que tanto a PrEP oral diária, como a injetável de ação prolongada são percebidas como efetivas na prevenção do vírus.
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