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Valdiléa Veloso, Gerson Pereira e Beatriz Grinsztejn

Simpósio virtual debate PrEP e o desenvolvimento de vacinas para o HIV

No painel 1, “Pesquisas de vacinas e outras profilaxias para prevenção do HIV”, um dos destaques foi a PrEP. A chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST/Aids do INI/Fiocruz, Beatriz Grinsztejn (também co-pesquisadora principal do ImPrEP), palestrou sobre o tema “PrEP ao HIV: onde estamos e o que vem a seguir”. Abriu a apresentação dando um panorama da pandemia de HIV no mundo, lembrando que a América Latina é uma das regiões mais afetadas e ressaltando que o Brasil faz parte desse contexto: “O nosso país ainda sofre muito com a epidemia. As populações de mulheres trans e gays/outros homens que fazem sexo com homens (HSH) são as mais afetadas. Para se ter uma ideia, entre os que realizam o teste rápido de HIV no centro de pesquisa da Fiocruz, 9,16% das mulheres trans e 6,65% dos HSH descobrem o resultado positivo”.

 

Beatriz destacou a importância da PrEP para a diminuição da incidência do HIV no mundo. Deu exemplo de cidades que avançaram na distribuição da profilaxia e viram os índices de infecção despencar. Em seguida, lembrou as dificuldades enfrentadas na implementação do medicamento: “A desinformação e o estigma são nossos maiores inimigos, principalmente entre os HSH jovens. Estudos mostram que em pessoas de faixa etária mais baixa, os níveis de tenofovir caem consideravelmente com o passar das semanas. A aceitação da PrEP entre as mulheres trans costuma ser maior”. 

Para encerrar sua fala, Beatriz discorreu sobre as diferentes modalidades da profilaxia e informou que a  PrEP injetável vem sendo utilizada em diversas partes do mundo: “Muitos aderiram ao esquema injetável, pois se esqueciam de tomar o comprimido diário e comprometiam a profilaxia. O estigma de ter que carregar consigo um frasco de medicamento também pesa na hora da escolha”. O painel contou, ainda, com palestras de Glenda Gray, presidente do Conselho Nacional de Pesquisas Médicas da África do Sul, que falou sobre o panorama geral das vacinas anti-HIV no mundo, e de Gerson Pereira, que apresentou o cenário epidemiológico de HIV no Brasil e destacou o papel fundamental da PrEP no combate ao vírus.

Outros painéis

 

O painel 2, “Pesquisas de vacinas e prevenção ao HIV: sociedade civil e envolvimento comunitário”, que teve a mediação de Valdiléa Veloso e Cristina Pimenta, representante do Ministério da Saúde, contou com as participações de Jorge Beloqui, pesquisador do Núcleo de Estudos para a Prevenção da Aids (Nepaids/USP), Jessica Salzwedel, gerente de pesquisa da Global Advocacy for HIV Prevention (AVAC), e Luciana Kamel, gerente de projetos de engajamento comunitário da Rede HVTN (HIV Vaccines Trials Network). Beloqui abriu os trabalhos falando sobre boas práticas em pesquisas, ética e acesso, ressaltando a importância da participação comunitária na pesquisa de vacinas para o HIV. Em seguida, Jessica palestrou sobre o ativismo pela vacina e outros métodos de prevenção, enquanto Luciana encerrou o dia informando a relevância da Rede HVTN, organização criada em 1999 dedicada a pesquisa e ao desenvolvimento de vacinas contra o HIV.

 

Novamente com mediação de Valdiléa Veloso e Cristina Pimenta, a diretora-geral assistente para acesso a medicamentos, vacinas e produtos farmacêuticos da Organização Mundial de Saúde, Mariângela Simão, abriu o painel 3, “Desafios no desenho de estudos, regulação e acesso a vacinas e produtos de prevenção em contextos de saúde pública”, abordando o acesso atual, os desafios globais e a capacidade de produção de medicamentos. Mariângela destacou a corrida global pelas vacinas contra a Covid-19 e o que se pode tirar de aprendizado com isso para o enfrentamento de outras epidemias.

 

O segundo a se apresentar foi Esper Kallás, professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que debateu os desafios da avaliação da imunogenicidade de vacinas para o HIV. Em seguida, a diretora-executiva do Fórum para Pesquisa Colaborativa, Veronica Miller, expôs os desafios para os desenhos de estudos de prevenção e Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, fechou o simpósio apresentando o tema “Avaliação e regulamentação de vacinas e produtos para a PrEP ao HIV”, no qual falou sobre a missão da agência e mostrou as etapas de desenvolvimento e aprovação regulatória de uma vacina.

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