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Lives ImPrEP: o olhar de educadores e educadoras de pares

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“As lives são uma excelente oportunidade para que as pessoas não apenas saibam mais sobre o universo da PrEP e da prevenção combinada ao HIV como também conheçam a importância do trabalho dos EPs num estudo de demonstração como o ImPrEP”, afirma Júlio. Alessandra complementa: “Queremos que esses encontros virtuais cheguem além dos públicos-alvo e participantes do projeto, alcançando jovens, usuários de PrEP em geral, negros e negras, pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade social,profissionais de saúde, membros da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos LGBTI+ e HIV/Aids, entre outros”.

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A primeira live, ocorrida em 17 de novembro, foi “A estratégia da educação de pares na implementação da PrEP”, com os EPs Ludimylla Santiago (Brasília), Éder Tavares (Florianópolis), Érika Faustino (Campinas) e Fernanda Falcão (Recife) como debatedores. Ludimylla iniciou falando sobre as dificuldades no acesso à profilaxia e a importância do trabalho dos educadores e educadoras de pares. “As populações mais vulneráveis normalmente são apresentadas à PrEP pelos EPs. É gratificante ver essas pessoas chegarem aos centros de estudo ImPrEP, se identificarem com outros usuários e aderirem à profilaxia”. Éder lamentou que a pandemia tenha atrapalhado as atividades presenciais, mas ressaltou que o trabalho não foi interrompido: “Com a Covid-19, começamos um trabalho on-line e, apesar das dificuldades, os resultados foram acima do esperado. Muita gente acompanhou nossas lives locais e iniciou a PrEP”.

 

Érika ressaltou que o trabalho dos EPs também é importante dentro das unidades de saúde. “Muita gente só valoriza o nosso trabalho quando estamos nas ruas, em contato com as populações-chave do projeto. Mas a nossa presença nos centros de estudo também é fundamental. Quando o usuário vai retirar o medicamento e nos encontra, por exemplo, ele se sente mais seguro e confortável”. Fernanda destacou, também, o estabelecimento de parcerias: “A gente procura sempre encontrar parceiros nos espaços em que frequentamos. Essas pessoas facilitam muito a nossa missão, pois muitas vezes são elas que fazem o primeiro contato entre nós, EPs, e a população vulnerável”. Érika encerrou o encontro lembrando a importância do ImPrEP e ressaltou que a PrEP veio para ficar: “A história da profilaxia está apenas começando. Que cada vez mais pessoas possam se beneficiar desse medicamento e que a gente possa erradicar o HIV no Brasil. Vida longa à PrEP!”.

 

A segunda live, realizada em 1 de dezembro, contou com as presenças dos EPs Kelly Vieira (Florianópolis) e Thiago Oliveira (Porto Alegre), além das participações especiais dos integrantes do Comitê Comunitário Assessor do ImPrEP, Célio Godin e Wladimir Reis, para baterem um papo sobre “Ativismo na luta contra a Aids”.

 

Kelly abordou uma questão fundamental: a importância do SUS. “Mais do que nunca, temos que fortalecer o sistema. O SUS é indispensável na prevenção e no tratamento do HIV. Sem ele, nossa luta se torna ineficaz”. Célio concordou: “Atualmente, há pouca interlocução com os governos e isso é muito grave. Assim como o SUS, as ONGs e as organizações da sociedade civil também precisam ser fortalecidas para enfrentar e vencer a epidemia de HIV no Brasil”.

 

Thiago se mostrou preocupado com o cenário atual e reforçou a importância de uma retomada: “Além de ser necessário valorizar a saúde pública, a pandemia de Covid-19 nos fez regredir bastante. Conseguimos dar prosseguimento a várias de nossas atividades, mas muita coisa teve de ser interrompida. Me preocupa saber que muita gente ainda não sabe nada sobre medicamentos ou testagem para HIV. Precisamos recomeçar essa luta o quanto antes e é por isso que encontros como essa live são fundamentais”. Outro que destacou as dificuldades atuais foi Wladimir: “A população LGBTQ+ nunca esteve tão vulnerável como agora. Precisamos de políticas públicas de prevenção ao HIV mais eficazes. Depois do início da pandemia, a situação que já não era boa se agravou ainda mais”.

 

Antes do final do encontro, Kelly traçou um panorama de como deve ser o futuro da luta contra o HIV no Brasil: “Passa, principalmente, por tirar todos que vivem com o vírus da invisibilidade. A implementação da PrEP também vai ter um papel fundamental. Temos que democratizar, sem tabus, todas as informações disponíveis sobre a Aids”.

 

A próxima live dos EPs do ImPrEP já tem data marcada: será no dia 26 de janeiro, às 19 horas, e abordará o tema “PrEP e pessoas trans”. Confira os temas previstos para 2021:

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