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Os impactos da Covid-19 nos centros de estudo ImPrEP

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Hospital Dia Asa Sul, Brasília

“De início, foram adotadas rotinas de controle, como uso de EPIs e álcool em gel, além de ambientes mais ventilados e manutenção do distanciamento entre a equipe. O tempo de consulta foi reduzido, priorizando procedimentos e informações aos participantes. O risco de adquirir a infecção e a não existência de tratamento e/ou vacinas provocaram ansiedade. No entanto, houve muita solidariedade, resultando em atitudes de apoio entre os componentes da equipe. Em abril, foi organizado o teleatendimento, com distribuição de autotestes para HIV, suspensão dos exames de rotina e redução da frequência da equipe à unidade. Os participantes valorizaram muito o esforço desses profissionais. 

 

Em relação à PrEP, alguns solicitaram interrompê-la temporariamente, outros continuaram em razão de a vida afetiva não ter sido afetada e outros continuaram por receio de ficar sem a profilaxia. O teletrabalho foi uma experiência satisfatória, notadamente devido ao bom vínculo construído entre equipe e participantes. Aos poucos, a rotina está se recompondo. Um momento desafiador, de responsabilidade racional. Nossa atitude de cuidar dos usuários e dos colegas de trabalho será mais importante ainda para um serviço que segue presente”. 

Leonor de Lannoy

 

Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado, Manaus

“A partir de 20 de março a meados de julho, as atividades do ambulatório da fundação foram suspensas para atendimento ao público. Diante desse cenário, os usuários ImPrEP foram atendidos via recursos de telemedicina e visitas semipresenciais, em princípio apenas para o teste rápido para HIV e dispensa do medicamento in loco, além da  utilização de autotestes para HIV. 

 

Importante ressaltar que alguns participantes no pico da pandemia não compareceram ao centro nem para visitas agendadas nem para pegar medicamentos por medo de serem infectados e acabar infectando familiares idosos. Não houve sobrecargas de serviços e o atendimento à profilaxia pós-exposição (PEP) manteve-se normal”. 

Mônica Valões

 

Hospital Municipal Carlos Tortelly, Niterói

“No ambulatório do hospital tivemos alguns impactos, por ter se tornado uma referência para atendimento de emergência para Covid-19. Nesse sentido, todo o atendimento ambulatorial foi suspenso por aproximadamente três meses (março-maio). Por consequência, houve redução na realização de testes, ações de prevenção e procura por PrEP ou PEP, inclusive porque passamos por lockdown no município. 

 

Devido à nossa estrutura física e de trabalho, não foi possível realizar consultas semipresenciais e/ou telemedicina, bem como liberação de autotestes para HIV. Quando retornamos às atividades, foi preciso reorganizar o atendimento para os padrões de segurança, principalmente para evitar aglomeração”. 

Tania Regina Rezende

 

Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, São Paulo

“Não houve grande impacto no andamento do estudo ImPrEP durante a pandemia. As consultas aconteceram via telefone, somente o teste rápido para HIV foi realizado no serviço no início da Covid-19, sendo o autoteste para HIV entregue para ser feito em casa. Os participantes compareceram ao serviço basicamente para retirar a medicação. O único procedimento não realizado foram os exames de rotina. 

 

Todos os participantes que apresentaram queixas clínicas foram orientados a procurar o serviço para avaliação médica. Alguns dos participantes informaram não estar fazendo uso de PrEP, pois não estavam se expondo ao risco de infecção pelo HIV, tendo recebido as devidas orientações de prevenção via telefone.” 

Aline Barnabé Cano
 

 

Centro de Referência em IST/Aids, Campinas

“De modo geral, nossa unidade passou bem pelo período inicial da pandemia, sem sobrecarga de serviços, com nossos usuários realizando os autotestes para HIV sem dificuldade. Um ou outro preferiu vir até o centro para realização do teste rápido. 

 

Tendo em vista o novo modo de teleconsulta, tivemos uma redução de realização de exames e um aumento na distribuição de autotestes para HIV, como era de se esperar. A telemedicina foi muito bem aceita pelos usuários ImPrEP. Vale ressaltar que boa parte deles, por meio de questionário encaminhado pelos(as) educadores(as) de pares (EPs), apontou que a Covid-19 afetou muito suas vidas, social e afetivamente falando”. 

Patrícia Sabadini

 

Hospital Municipal Rocha Maia, Rio de Janeiro 

“A maioria dos exames laboratoriais referentes às visitas de acompanhamento da PrEP que eram realizados no hospital foi suspensa, bem como ocorreu a redução de ações de prevenção extra-muro conduzidas pelos EPs. Adotamos o uso de telemedicina para manter o acompanhamento dos usuários da PrEP e, consequentemente, houve um aumento na demanda por autotestes para HIV”. 

Maria Aires
 

Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Recife

“Como o nosso hospital é referência em Covid-19, houve redução de atendimento presencial, mas não paramos de atender aos usuários de PrEP. Adotamos a teleconsulta, com aumento de autotestes para HIV e diminuição de outros exames. Em outubro, retornamos com as consultas presenciais” 

Cynthia Falcão

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