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Feira da Diversidade, em São Paulo

 

 Na capital paulista, a Casa de Pesquisa do CRT/Aids, parceiro do projeto ImPrEP, se fez presente num dos já tradicionais eventos voltados aos públicos LGBT nos preparativos para a Parada Gay 2019: a Feira da Diversidade.

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 Realizado no bairro da República, no dia 20 de junho, o evento de caráter múltiplo apresentou desde novos acessórios para fetiches sexuais até informações acerca de igrejas inclusivas. No estande do CRT/Aids, a principal atração foi a PrEP (oral e injetável), com distribuição de folhetos e brindes, como copos, adesivos e camisetas, buscando atingir, em especial, gays negros e mulheres trans.

 

 Para o educador de par Allan Bastos, a estratégia se mostrou efetiva: “Ao entregarmos um dos brindes, perguntávamos se a pessoa não queria deixar algum contato para explicarmos melhor o que é a PrEP, tirar dúvidas e esclarecer como o trabalho é desenvolvido. E o retorno foi bem positivo”. Na avaliação do EP, a ação atingiu diretamente cerca de 200 pessoas. 

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ImPrEP

Em Florianópolis, capacitação e sensibilização

 

 Além do trabalho de campo de divulgação da PrEP , em Florianópolis, a educadora de par Kelly Meira, ligada ao Centro de Testagem e acolhimento, realiza importante trabalho de sensibilização junto a profissionais de saúde estaduais e, principalmente, municipais. “Em junho, encerramos a 3ª capacitação que foca na humanização do SUS no tocante ao devido acolhimento da população trans nas unidades de saúde do município”, informa a EP do projeto ImPrEP que ministra o curso contando com a participação voluntária de outras ativistas.

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 Na programação de 20 horas/aula, com certificação da Universidade Federal de Santa Catarina, são abordados temas como diversidade sexual, identidade de gênero, novas tecnologias de prevenção, PrEP, autoteste para HIV, entre outros. A capacitação já atingiu cerca de 60 profissionais, entre ginecologistas, endocrinologistas, além de agentes comunitários de saúde.

 

 Kelly destaca, ainda, as capacitações feitas também em casas de acolhimento direcionadas à população trans e HSH da capital catarinense. “Buscamos realçar a importância de uma saúde preventiva, não apenas quando da ocorrência de doenças ou problemas. É clara a necessidade de construir uma cultura positiva de saúde e respeito para com o próprio corpo

na população trans”. O próximo desafio, segundo a EP, é dar prosseguimento aos chamados “mutirões”, ou seja, levar o máximo possível das pessoas dessas casas para conhecer e se beneficiar dos serviços públicos de saúde.

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Baile de carnaval em Santos

 Um dos destaques de 2019 apontados pela educadora de par TaianeMiyake, em Santos, foi a efetiva participação do Serviço de Atenção Especializada – Adultos no baile de carnaval É Noix na Rua, no dia 1 de março, em frente à Policlínica Vila Nova, local bastante frequentado pelas populações- chave do projeto ImPrEP. O baile, com direito a bateria de escola de samba, foi uma ação conjunta da Secretaria de Saúde com diversos outros parceiros da prefeitura municipal, como a Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas, a Secretaria de Desenvolvimento Social e outros projetos de prevenção.

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 “Nosso objetivo foi divulgar a PrEP e gerar demanda de forma bem descontraída, buscando atingir não apenas gays e população trans, mas também casais sorodiscordantes na população de rua e trabalhadoras do sexo”, informa Taiane. Para isso, foram distribuídos preservativos, gel

lubrificante, materiais informativos e leques com a marca ImPrEP.

 

A educadora de par diz que, apesar do dia chuvoso, houve adesão de mais de 100 pessoas, e reforçou a necessidade de constar, em todos os materiais de divulgação, a informação “um comprimido por dia evita o HIV” que, no seu entender, é o principal chamativo para a PrEP: “Mais do que qualquer outro brinde, o leque foi a grande atração, já que muitos participantes o

levaram para casa, mas infelizmente nele não constava a frase que considero fundamental”, conclui Taiane.

 

Em Porto Alegre, rede de proximidade e confiança

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 Criar uma relação de confiança e reciprocidade entre os participantes do projeto ImPrEP e a figura do educador de pares. Essa é a ação destacada pelo EP Thiago Oliveira, atuante junto ao Centro de Testagem e Aconselhamento  Caio Fernando Abreu/Hospital Sanatório Partenon, de

Porto Alegre. Para ele, uma aproximação bem feita e sincera faz toda a diferença para a permanência dos cerca de 260 voluntários no projeto.

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 “Baseio minhas atividades na filosofia de portas abertas. Todos sabem que podem me chamar, a qualquer momento, seja para verificar a data da futura consulta, solicitar cópia de exames, reagendar atendimento ou relatar algo que julguem pertinente. Meu trabalho é acolher”, destaca Thiago. Ele ressalta, ainda, a importância de auxiliar, quando necessário, os participantes para serviços como indicar o caminho para expedição do RG Social, fornecer cópia do cartão SUS, locais onde podem fazer acompanhamento psicológico com valor mais acessível etc.

 

 “Na consulta de inclusão, por exemplo, são reforçadas as estratégias de uso do medicamento, como associar a hábitos da rotina, utilizar aplicativos ou alarmes no celular, assim como é salientada a necessidade do uso diário como única forma de manter a eficácia do método. Também conversamos sobre outros aspectos da prevenção combinada e fornecemos insumos”,

esclarece.

 

Captação e retenção em Salvador

 

 Em Salvador, as ações do educador de par Agnaldo Júnior se concentram mais na retenção dos participantes e na captação de novos gays e HSH que queiram conhecer e usar a PrEP. “Em termos de retenção, faço questão de acompanhar os voluntários, mantendo-me sempre próximo deles, em especial via redes sociais”, informa Agnaldo, que atua junto ao Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa.

 

Já na parte de captação de novos interessados, a estratégia é a ida periódica a espaços LGBT: “Aproveito os intervalos de shows nas boates, por exemplo, para falar sobre a PrEP e colocar-me à disposição para dar informações”. Mesmo o projeto ImPrEP já tendo atingido a cota inicial de

participantes na capital baiana, Agnaldo mantém a agenda de visitas em razão de possível futura oferta de PrEP no âmbito municipal de saúde, não apenas na esfera estadual, alcançando cerca de 30 pessoas/mês.

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Para o EP, o principal obstáculo encontrado é quanto à mudança de telefone ou email dos interessados ou voluntários. Para vencer esse desafio, ele vem, cada vez mais, ampliando sua rede de contatos: “Procuro criar vínculos fortes. Com isso, tenho credibilidade em relação ao que faço e acabo por reencontrar as pessoas”, conclui Agnaldo.

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