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Experiências na implementação do ImPrEP CAB Brasil

Quais são as principais lições, sucessos e desafios que os centros de estudo do ImPrEP CAB Brasil podem relatar em termos de implementação?​

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  • Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado - Manaus

Entre os destaques apresentados pela pesquisadora principal do estudo em Manaus, Maria Paula Mourão, estão:

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- facilitadores: a fundação ser um centro de referência para diagnóstico e tratamento do HIV;

 

- barreiras: o longo tempo da primeira visita e as consequentes desistências;

 

 - estratégias de superação: a flexibilidade no agendamento das visitas;

 

- educação comunitária: acolhimento, escuta ativa e orientações para retenção; 

- engajamento/ações para públicos-alvo: mídias sociais digitais, parcerias na divulgação em locais frequentados pelos públicos-alvo, indicações de participantes já incluídos e iniciativas no ambulatório com informações, insumos de prevenção e material educativo;​

- mudanças na rotina: oferta de “kit dor” para os participantes após as injeções;

 

- novas tecnologias: implementação do procedimento operacional padrão de saúde mental e assistência psicológica;

 

- legado: mais experiência com estudos de prevenção e o trabalho da educação comunitária.​

  • Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa – Salvador

 

Entre os destaques apresentados pelo pesquisador principal do estudo em Salvador, Alessandro Farias, estão:

- facilitadores: o centro ser referência no atendimento a pessoas com IST, promoção de saúde/prevenção, tratamento e produção de conhecimentos em HIV/Aids/IST e atenção à saúde da população trans;

 

- barreiras: falta de referência na equipe para atendimento/avaliação especializada à saúde mental, no início do projeto;

 

 - estratégias de superação: identificação de médicos psiquiatras parceiros no centro;

 

- educação comunitária: referência para os participantes, busca pela adesão aos faltosos, identificação de possíveis entraves no atendimento;

 

- engajamento/ações para públicos-alvo: criação de conta no Instagram, divulgação contínua acerca de prevenção combinada e de locais que ofertam PrEP e PEP na cidade;

 

- mudanças na rotina: melhorias nos fluxos com o laboratório terceirizado;

 

- novas tecnologias: ambulatório PrEP Trans, com atendimento por enfermeiras;

 

- legado: fortalecimento como centro de pesquisa.​

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  • Centro de Referência em DST/Aids – Campinas

 

Entre os destaques apresentados pelo pesquisador principal do estudo em Campinas, Josué Lima, estão:

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- facilitadores: o serviço é amplamente reconhecido principal serviço de oferta de PrEP na região metropolitana da cidade; 

 

- barreiras: de início, o centro não dispunha de salas suficientes para os atendimentos do estudo;

 

 - estratégias de superação: o governo municipal viabilizou a construção de novas salas de atendimento (enfermagem, aconselhamento e médicos), reforma para a alocação do laboratório, além de disponibilizar uma área de espera;

 

- educação comunitária: os educadores/as de pares atuam diariamente no centro acompanhando as demandas e em atividades de mobilização comunitária;

 

- engajamento/ações para públicos-alvo: comunicação por WhatsApp, busca dos participantes quando necessário, articulação ativa nas redes sociais, parcerias com ONGs/OSCIPs, PrEP na Rua (evento na Parada LGBT+ local);

 

- mudanças na rotina: na fase de preparação, atualização em temas de prevenção combinada (sífilis, hepatites, HIV/aids, diversidade sexual e de gênero);

 

- novas tecnologias: possibilidade de realização de carga viral em tempo real no centro;

 

- legado: ser referência em PrEP na região metropolitana da cidade e incentivo para o centro promover ações extramuros.​

  • Centro de Testagem e Aconselhamento, Policlínica Centro – Florianópolis

 

Entre os destaques apresentados pelo pesquisador principal do estudo em Florianópolis, Ronaldo Zonta, estão:

- facilitadores: fluxo de atendimento organizado e “Cultura de PrEP” no município (alta procura pela profilaxia oral);

 

- barreiras: organização do cuidado e tempo total da visita, “complexidade” do estudo em relação ao projeto ImPrEP (oral) em razão dos subestudos (entrevistas, mHealth);

 

- estratégias de superação: preparação dos profissionais para abordagem padronizada pelo estudo e agenda flexível;

 

- educação comunitária: rodas de conversa sobre sexualidade e gênero, acolhimento e escuta, contato via WhatsApp;

 

- engajamento e ações para públicos-alvo: melhora na sinalização do centro, bancada com bandeira LGBT+ para recebimento dos participantes e iniciativas de lazer durante espera dos resultados do GeneXpert;

 

- legado: busca ativa e gestão de agenda com lembretes (WhatsApp), triagem e manejo de saúde mental integrados ao cuidado e formação em PrEP para os profissionais do estudo com replicação na rede municipal.​

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  • Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz – Rio de Janeiro

Entre os destaques apresentados pela coordenadora do estudo no Rio de Janeiro, Cristina Jalil, estão:

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- facilitadores: cartão de contatos na inclusão, alertas por e-mail (indicações de reload (recomeços)) e fluxo de encaminhamento para saúde mental;

 

- barreiras: na inclusão, a demanda espontânea, o tempo longo da visita inicial  e a própria retenção dos participantes;

 

 - estratégias de superação: na inclusão, organização da agenda e flexibilização do horário; na retenção, verificação dos contatos em todas as visitas, e busca pelo participante logo após a falta;

 

- educação comunitária: participação ativa, sobretudo na retenção dos participantes mais difíceis;

 

- engajamento/ações para públicos-alvo: redes sociais, ações de prevenção, ambiente amigável para a população LGBT+, iniciativas de prevenção in loco nas comunidades e realização de projetos como Oficinas Transcrições e Jovem, Negro & Protegido;

 

- mudanças na rotina: capacitação dos aconselhadores para testagem e experiência com mHealth;

 

- novas tecnologias: testes rápidos em polpa digital;

 

- legado: mídias sociais como aliadas na retenção.​

  • Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids - São Paulo

Entre os destaques apresentados pela médica da Casa de Pesquisa/CRT-SP, Ana Iglesias, estão:

- atendimento: 256 voluntários, com 220 escolhendo a PrEP injetável e 20 a oral, com possibilidade de ter havido “influência” por o centro ter participado do estudo HPTN 083 (ensaio clínico que demonstrou a superioridade do CAB-LA como PrEP em comparação com a medicação oral diária);

- saída precoce: 17 participantes, sendo a maioria por mudança de local de residência; 

 

- troca de modalidade: 10 pessoas migraram do CAB-LA para o esquema oral e 4 do oral para o injetável. Aconteceram 12 reloads;

 

- atenção especializada: três tentativas de autoextermínio, três casos de hepatite A aguda e um abortamento completo de homem trans, não relacionados ao uso de CAB;

 

- saúde mental: avaliação e seguimento de sintomas psiquiátricos, com 35,4% dos voluntários apresentando diagnóstico de transtorno de ansiedade e/ou depressão; 

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- interrupções temporárias das injeções: três por motivos psiquiátricos, dois por tuberculose, um por mpox (impossibilidade de aplicação no local) e um por elevação de progressiva de ALT (alanina aminotransferase);

 

- avaliação de IST: tendência de queda progressiva entre os participantes, em resposta às ações de prevenção combinada e redução de riscos de uma forma geral;  

 

- estratégias de retenção: atendimento hormonal para pessoas trans e uso de mensagens e lembretes via celular;

 

- desafios e oportunidades: em razão da demanda espontânea, estar preparado para dar início imediato à oferta da PrEP; repensar o uso do GeneXpert (barreira na primeira visita); problemas na ingestão de comprimidos, fazendo da injetável uma modalidade viável de prevenção; casos de hepatite A entre HSH, necessitando reforço na comunicação para vacinação e oferta contínua pelo Ministério da Saúde;

 

- legado: trabalho com equipes multidisciplinares, atuação da educação comunitária e realização de ações in loco para acessar os mais vulneráveis.

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